História e Missão

Quando foi criada a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental?

Na primitiva “Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria” existiam duas Classes: a de Psiquiatria e a de Neurologia.

Em 1979 foi decidida a separação entre as duas especialidades e cada qual constituiu a sua própria Sociedade. Quando então surgiu a “Sociedade Portuguesa de Psiquiatria”, esta tornou-se verdadeiramente representativa e abrangente. Representativa, porque se tornou o elo de ligação com a Associação Mundial de Psiquiatria. Abrangente, porque nela estavam incorporadas outras Associações Psiquiátricas Portuguesas, que representavam ramos diferentes de um tronco comum.

Em 1989, após novos estatutos, passou a ser designada por Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

Com que objectivos foi criada?

A Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental tem por objectivos:

  • Ser uma instituição actuante e verdadeiramente representativa dos Psiquiatras portugueses, independentemente das suas escolas ou orientações.
  • Constituir uma Sociedade Científica aberta e disponível para atender a solicitações expostas pelos membros aderentes.
  • Contribuir activamente para a dignificação do trabalho do Médico Psiquiatra, através da dinamização de cursos de formação pós-graduada.
  • Mostrar-se disponível para criar “linhas de orientação” para a terapêutica dos diversos quadros clínicos. Igualmente, se para tal for solicitada, organizar a a metodologia que deve reger a observação de casos psiquiátricos em contextos legais.
  • Dinamizar as mais diversas actividades científicas, das associações ou sociedades psiquiátricas, em temas de pertinência actual.
  • Estabelecer ligações com Sociedades Científicas afins, de outros países, procurando dinamizar actividades comuns.
  • Estreitar relações com os membros dos corpos directivos da Associação Mundial de Psiquiatria, na qual está filiada há longos anos.

Que iniciativas tem desenvolvido desde então?

A 9 de Julho de 2005 foi assinado um protocolo de colaboração, que já começou a ser cumprido, entre a SPPSM e a Sociedade Espanhola de Psiquiatria com o propósito de promover actividades científicas conjuntas, o intercâmbio de trabalhos, implementar projectos de investigação e apoiar o intercâmbio de publicações entre as duas Sociedades.

Neste momento pediram ligação à SPPSM duas novas Secções: “Psiquiatria Consiliar e de Ligação” e “Psiquiatria, Medicina e Cuidados de Saúde Primários”.

Com a ajuda da Associação Europeia de Psiquiatria começou a organizar os primeiros cursos para a formação de Internos de Psiquiatria.

Está estabelecido com a APIP (Associação Portuguesa dos Internos de Psiquiatria) que, na altura em que um Médico interno nela representado acabar o seu internato e passar a especialista de Psiquiatria, passará a ficar automaticamente inscrito como sócio da SPPSM.

Para além do que está mencionado têm sido realizados congressos regulares a que, naturalmente, pomos o nome de “Congressos Nacionais de Psiquiatria”. Para além dos cientistas presentes, tanto nacionais como vindos de outros países, procuramos que estejam representadas Associações e Sociedades afins, com espaço e tempo próprio para organizarem um simpósio e participarem nas actividades globais do congresso.

Tem procurado defender os direitos dos doentes psiquiátricos.

Qual a importância da SPPSM relativamente aos profissionais da especialidade?

Todos os psiquiatras encontram aqui uma porta aberta para poderem entrar e onde há igualmente a abertura e maleabilidade suficiente para serem permitidas divergências de formação ou de orientação científica. A existência deste tronco comum representa o que pensamos ser desejável para a psiquiatria portuguesa.

Se houver espírito de identidade, maleabilidade suficiente e unidade haverá seguramente maior representatividade e força comum.