Também conhecida como doença maníaco-depressiva, a perturbação bipolar é uma doença mental que afeta cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo.28
As pessoas com perturbação bipolar passam por drásticas alterações de humor. Por vezes têm episódios maníacos, durante os quais se sentem muito felizes e mais enérgicas e ativas do que o normal. Outras vezes, passam por episódios depressivos, com sentimentos de profunda tristeza e quebra de energia.
Os sintomas mais comuns durante os episódios maníacos são energia excessiva, com grande agitação e aceleração do pensamento, que pode ser observada por um discurso muito rápido e por vezes confuso; sentimentos eufóricos e crenças irrealistas, que fazem com que a pessoa se sinta com uma autoestima exacerbada; diminuição da necessidade de sono, podendo passar dias com pouco ou nenhum sono, sem se sentir cansado; descontrole de impulsos, que podem manifestar-se por gastos excessivos e comportamentos imprudentes; conduta sexual inadequada; abuso de drogas e comportamentos paranoicos.29
Já os sintomas dos episódios depressivos são os mesmos que se manifestam em quem sofre de depressão: tristeza profunda e persistente; alterações no sono; redução do apetite e perda de peso ou aumento do apetite acompanhado por aumento de peso; irritabilidade ou agitação; dificuldades de concentração e em tomar decisões; fadiga ou perda de energia; sentimentos de culpa e impotência e pensamentos suicidas.29
A perturbação bipolar começa tipicamente na adolescência ou durante o início da vida adulta e permanece ao longo de toda a vida. Frequentemente, o diagnóstico é difícil e, como consequência, muitos doentes sofrem desnecessariamente durante anos ou até mesmo décadas.30
Cerca de 80-90% dos indivíduos com perturbação bipolar tem um familiar com essa doença ou com depressão. Os fatores ambientais também têm uma grande influência: stress extremo, distúrbios de sono, drogas e álcool podem desencadear episódios em pacientes mais vulneráveis.31
A perturbação bipolar é uma doença com tratamento relativamente eficaz. O tratamento faz-se geralmente com medicação e pode ser complementado com psicoterapia.31