XXXII Congresso Brasileiro de Psiquiatria

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A psiquiatria no mundo contemporâneo

O ser humano, mesmo em períodos anteriores à invenção da escrita, já procurava compreender as peculiaridades do seu comportamento. Os doentes mentais eram frequentemente torturados, temidos ou mesmo discriminados pelos indivíduos considerados normais. Não raro as doenças eram atribuídas a influências malignas sobrenaturais. Não existia separação entre o sofrimento físico e o mental, nem tampouco entre medicina, religião e magia.

No século XVII, quando o raciocínio indutivo se aliou ao julgamento intuitivo, a doença mental, gradativamente, desvinculou-se do misticismo e da religião. Nessa ocasião, a psiquiatria começou a caracterizar-se como um ramo da medicina.

Empirismo, racionalismo, observação e classificação marcaram o período do Iluminismo – século XVIII –, possibilitando um maior entendimento dos distúrbios psiquiátricos, assim como a busca de um contato mais humano com os portadores de insanidade mental.

Nesse período, loucos, criminosos, prostitutas e vagabundos eram trancados em asilos, onde vigorava um sistema repressivo.

No início do século XIX, Johann Reil (1759-1813) foi o primeiro a usar o termo psiquiatria, referindo-se ao tratamento da mente. Posteriormente, já em meados desse século, a psiquiatria firmou-se como especialidade, ganhando orientação científica e acadêmica.

Por oferecer importante atualização científica e profissional, o Congresso Brasileiro de Psiquiatria – CBP recebe profissionais de todos os estados brasileiros, além de congressistas de vários países, chega a reunir mais de cinco mil participantes por edição para a desmistificação de diversos temas inerentes à Psiquiatria.

O evento é voltado para psiquiatras e médicos de outras especialidades, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, estudantes e outros profissionais da saúde, em especial a saúde mental.Nos últimos anos, o evento passou a exercer uma influência direta na sociedade leiga, através da divulgação de pesquisas e estudos que podem servir como base para o planejamento das políticas públicas de saúde mental nos âmbitos local, regional e nacional.

 

Antonio Geraldo da Silva
Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria